Pica-pau-de-cara-amarela (Dryocopus galeatus)
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae
Nome científico: Dryocopus galeatus
Nome vulgar: Pica-pau-de-cara-amarela
Categoria: Ameaçada
Características: Partes inferiores transversalmente farciadas tendo, face e garganta creme-claras ou cor-de-canela, região auricular vermiculata dorso anterior negro; Conhecemos poucos registros recentes deste belo pica-pau; Em 1946 foi encontrado em SC (Trombudo Alto), na década de 50 no PR (Porto Carmargo, 1954) e na década de 70 na Argentina (Prissiones). Chamado também de Ceophloeus.
Comprimento: 29cm.
Ocorrência Geográfica: De SP ao RS. Habita a mata de baixada (RS) e de regiões serranas (PR).
Cientista que descreveu: Temminck, 1822.
Categoria/Critério: Ameaçada de extinção; Espécie rara que teve seus últimos registros para o Brasil assinalados na década de 40, em SC, e na de 50, no Paraná.
Arara-cinza-azulada (Anodorhynchus glaucus)
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Nome científico: Anodoryhynchus glauus
Nome vulgar: Arara-cinza-azulada
Características: Menor das Araras-azuis (sem contar com a ararinha-azul) com bico muito grande e grosso. Abaixo da barbela existe a mesma disposição de penas orientadas para frente, ocultando uma faixa amarela estreita que desce pela borda lateral da mandíbula. A plumagem é ainda mais clara do que a A. leari; cabeça, pescoço, costas, asas, cauda e barriga são de azul desbotado esverdeado; a garganta é anegrada. Como todo psittacídeo, constroem seus ninhos em ocos de árvores.
Alimentação: frutas, grãos, frutos das palmeiras e insetos.
Retriz central: 39,5 cm. Consta que a tripulação do antropólogo. A D'Orbigny, navegando ali o Paraná em 1837, utilizou-se da carne desta Arara ("tão coriácea que não pode comê-la", D'Orbigny, 1835/38), espécie quiçá hoje extinta naquela região; não achamos um registro desta Arara na parte brasileira do rio Paraná. Contudo uma comunicação de F. Sellow (ex. Stresemann, 1948) diz que em dezembro/janeiro de 1823-1824 uma Arara-azul nidificou em paredões perto de Caçapava (RS). Não existem exemplares em cativeiro.
Comprimento: 68 cm.
Ocorrência Geográfica: Vivia nas baixadas com palmeiras (tucum, mucujá), margem de rio, escavava seus ninhos nos barrancos do rio Paraguai, nidificando também em ocos de árvore. No começo do século passado era comum ao longo do rio Paraná, perto dos Corrientes, Argentina; Região sul do Brasil ao longo do rio Paraná. No nordeste da Argentina, já no final do século passado era considerada muito rara.
Habita a caatinga e o cerrado.
Cientista que descreveu: Vieillot, 1816.
Mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Leontopithecus chrysopygus
Nome vulgar: Mico-leão-preto
Categoria: Ameaçada
Características: É um primata de pequeno porte. Possui a pelagem muito abundante e brilhante principalmente ao redor da cabeça como uma juba, daí o nome de Mico leão. A cor é predominantemente preta com tons de castanho amarelado na região lombar e na base da cauda. A pele do rosto é quase nua, apresentando pés e mãos de cor negra. Não existe diferença entre machos e fêmeas. Alimentam-se basicamente de invertebrados, frutos, sementes, flores e pequenos vertebrados como rãs, lagartixas, filhotes de aves. Vivem em grupos de 2 a 7 indivíduos, e à noite dormem em buracos nos troncos das árvores. A gestação dura cerca de 4 meses e os nascimentos ocorrem geralmente à noite, entre os meses de setembro e novembro, sendo dois filhotes por ano. O período reprodutivo começa aproximadamente aos 2 anos.
Peso: Em média 600 gramas
Comprimento: Medindo aproximadamente 30 cm com a cauda de 40 cm
Ocorrência Geográfica: É um animal endêMico da Mata Atlântica, ocorrendo em florestas semi-decíduas, altas florestas de brejo e floresta arbustiva, na margem norte do rio Paranapanema, oeste do rio Paraná e trechos do rio Tietê. Hoje está restrito à região sul do estado de São Paulo, compreendendo os municípios de Teodoro Sampaio e Gália. A espécie encontra-se protegida no Parque Estadual do Morro do Diabo/SP, na Reserva Estadual de Caetetus/SP e na Estação Ecológica do Mico preto/SP.
Categoria/Critério: Esta espécie está extremamente ameaçada de extinção (1996 IUCN Red List of Threatenet Animals), suas populações conhecidas estão confinadas a sete fragmentos florestais privados e duas unidades de conservação estaduais sem conexão umas com as outras.
Choquinha (Myrmotherula minor)
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Formicariidae
Nome científico: Myrmotherula minor
Nome vulgar: Choquinha
Categoria: Ameaçada
Características: Coloração cinza-escura, garganta negra e asas pontilhadas de branco (Sick 1997). Com ocorrência restrita às matas do Sudeste do Brasil, possui registros duvidosos na região Amazônica. A espécie é encontrada geralmente em altitudes inferiores a 300m, embora tenha sido registrada até 780m. Pouco se sabe a respeito de sua biologia. Já foram observados indivíduos solitários forrageando nos estratos inferiores e média das matas e também em bandos pequenos, geralmente com seu congênere M. axillari. De acordo com Whitneu S Pachoco (1995) a espécie é quase sempre registrada próximo à água, tanto em florestas alagadas quanto nas proximidades de cursos de água corrente. Por se tratar de uma espécie de ocorrência no bioma da Floresta Atlântica, habitando principalmente florestas de baixada (abaixo de 300m), sujeitas a forte pressão antrópica, a espécie encontra-se altamente ameaçada pelo desmatamento (Ridgely & Tudor 1994, Whitney & Pacheco 1995).
Comprimento: 8,4cm.
Ocorrência Geográfica: Sudeste do Brasil, de ES a SP e SC no Bioma Atlântica. Vive em florestas primárias e em vegetação de crescimento secundário mais antigas, em regiões úmidas com ocorrência de bromeliáceas epífitas e musgos nas árvores.
Cientista que descreveu: Salvadori, 1867.
Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callitrrichidae
Nome científico: Leontopithecus rosalia
Nome vulgar: Mico-leão-dourado
Categoria: Em perigo
Características: Primata de pequeno porte que vive em grupos familiares. À noite abriga-se em buracos das árvores, anteriormente feitos por outros animais como o pica-pau etc. Come frutos, moluscos, insetos e pequenos vertebrados. Ocorre na região litorânea próximo as serras no estado do Rio de Janeiro, entre 500 e 1.000 m de altitude. Animais nascidos em cativeiro estão sendo reintroduzidos na Reserva Biológica de Poço das Antas onde pesquisadores estudam seu comportamento. Este raríssimo primata possui pelagem cor de fogo e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem à sua denominação. Seus pêlos são sedosos, e ao sol adquirem um belíssimo brilho. O Mico-leão habita florestas onde existem cipós e bromélias. O recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno, depois disso é o pai quem o carrega. A mãe só se aproxima para amamentar. Ela estende os braços e o pai lhe entrega o filhote que mama durante uns quinze minutos. Mesmo nessa hora o pequeno não gosta que o pai se distancie. Gestação: 4 a 5 meses, gerando 2 filhotes na natureza e de 1 a 3 filhotes em cativeiro. Época reprodutiva: Setembro a março
Peso: O adulto pesa entre 360 a 710g
Comprimento: Cabeça e corpo de 20 a 33cm, cauda de 31 a 40cm
Ocorrência Geográfica: Mata Atlântica no Estado do RJ
Categoria/Critério: Classificada em perigo pela IUCN(1978) e USDI(1980) apêndice 1 da CITES. A destruição das florestas e o comércio ilegal estão fazendo-o desaparecer.
Observações adicionais: Atualmente restam apenas dois locais de preservação deste animal: a Reserva Biológica de Poço das Antas e a Reserva Biológica União, ambas no município de Silva Jardim - RJ.
Cientista que descreveu: Linnaeus, 1766.
Tiê-coroa (Calyptura cristata)
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Cotingidae
Nome científico: Calyptura cristata
Nome vulgar: Tiê-coroa
Categoria: Ameaçada
Características: É a menor espécie da família, detentora de proporções singulares: bico curto e grosso, cauda bem curta, topetudo; quanto ao colorido lembra certos tiranídeos: as partes superiores verdes com duas faixas alares e barras nas rêmiges internas brancas; fronte, uropígio e partes inferiores amarelas, vértice escarlate (ou amarelado na fêmea) ladeado de negro. Voz: chamado breve, rouco e forte (Descourtilz, 1852). Consta que vive aos casais e que está sempre em movimento, mantendo-se a média altura na beira da mata, à procura de bagas e insetos.
Comprimento: 7,6 cm.
Ocorrência Geográfica: Rio de Janeiro.
Categoria/Critério: Ameaçada de extinção no Brasil. Lista oficial do IBAMA. Tamanho populacional reduzido ou em declíneo com probabilidade de extinção na natureza em pelo menos 50 por cento em 10 anos ou 3 gerações.
Cientista que descreveu: Vieillot, 1818
Observações adicionais: São conhecidos poucos exemplares de Nova Friburgo e dos arredores da cidade do Rio de Janeiro. Descourtilz foi o único que deu algumas informações sobre essa ave que depois ninguém mais conseguiu localizar. Área de ocorrência: um casal encontrado no Rio de Janeiro.
Tartaruga-de-couro (dermochelys coriacea)
Classe: Reptilia
Ordem: Chelonia
Família: Chelonidae
Nome científico: dermochelys coriacea
Nome vulgar: Tartaruga-de-couro
Categoria: Ameaçada
É a maior de todas as Tartarugas marinhas. Chega a atingir 2 metros de comprimento e mais de 500 kg de peso. As Tartarugas-de-couro passam a maior parte do seu ciclo de vida no alto mar, alimentando-se de organismos flutuantes tais como águas-vivas. Tem a capacidade de mergulhar a mais de 1000 metros de profundidade, provavelmente em busca de presas. Apenas se aproximam da costa para se reproduzir. A nidificação ocorre nos meses de Outono e Inverno. Estes corpulentos animais têm dificuldade de se deslocar na areia, por isso escavam o ninho pouco acima da linha da maré-alta. devido ao seu tamanho, os recém-nascidos escapam aos predadores mais pequenos. Os juvenis e os adultos podem ser atacados por tubarões e por orcas.
Estufado baiano (Merulaxis stresemanni)
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Rhinocryptidae
Nome científico: Merulaxis stresemanni
Nome vulgar: Estufado baiano
Categoria: Ameaçada
Características: Asa: 7,6cm; Cauda: 9,5cm; Bico: 2cm; Tarso: 3,1. Fêmea parda com tom ardósia, ferrugíneo-forte por baixo.
Comprimento: De 19 a 20,7cm.
Ocorrência Geográfica: Leste do Brasil, no Sul do Estado da BA, em Ilhéus na Floresta Atlântica.
Categoria/Critério: Ameaçada. Tamanho populacional reduzido ou em declínio com probabilidade de extinção na natureza em pelo menos 50 por cento em 10 anos ou 3 gerações.
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