segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Mulher é decapitada por causa de acusação de bruxaria na Arábia Saudita
O que você vai ler surpreendentemente não é uma história da Idade Média, mas aconteceu no início desta semana. Uma mulher, chamada Amina bint Abdulhalim Nassar, foi acusada de fazer bruxaria e feitiçaria pelo Ministério do Interior saudita. E ela não teve perdão: foi condenada à morte e decapitada.
Amina, que afirmou ser curandeira e mística, foi presa depois que autoridades encontraram uma variedade de itens ocultos em sua posse, incluindo ervas, garrafas de vidro, um livro sobre bruxaria e um líquido desconhecido, supostamente usado para feitiçaria. De acordo com um porta-voz da polícia, a saudita também prometia falsas curas e milagres, cobrando quase 1,5 mil reais pelos serviços.
Muitos muçulmanos xiitas e cristãos fundamentalistas consideram a leitura das mãos uma prática de bruxaria e, portanto, ruim. Fazer previsões ou usar magias (ou fingir e afirmar que faz isso) é visto como a invocação de forças diabólicas.
Adivinhação, profecia e bruxaria são práticas condenadas pelos poderosos líderes religiosos da Arábia Saudita. Lá, a política e a religião estão tão estreitamente alinhadas que é quase impossível separar as duas coisas.
No ano passado, um libanês chamado Ali Sabat também foi acusado de bruxaria após por ter feito aconselhamentos psíquicos e previsões em um programa de televisão. Sabat foi preso na Arábia Saudita pela polícia religiosa e foi condenado à morte em abril de 2010, embora ainda não se saiba se a sentença foi executada.
Acusações de feitiçaria e bruxaria não são desconhecidas em todo o mundo, especialmente em campanhas políticas em que elas são usadas como uma tática difamatória. Colaboradores mais próximos do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foram acusados no ano passado de usar feitiçaria.
Durante séculos, as acusações de (e leis contra) feitiçaria têm sido usadas como uma ferramenta de quem está no poder. O caso da saudita Amina é um lembrete de que a crença na magia ainda é levada muito a sério em muitas partes do mundo – e pode ter graves consequências.
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