Contexto
Histórico
No
início da colonização do Brasil (século XVI), não havia no Brasil
trabalhadores para a realização de trabalhos manuais pesados. Os portugueses
colonizadores tentaram usar o trabalho indígena nas lavouras. A escravidão
indígena não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se
posicionaram em defesa dos índios
condenando sua escravidão.
Logo, os colonizadores buscaram uma outra alternativa. Eles buscaram negros na África para
submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia.
Foi neste contexto que começou a entrada dos
escravos africanos no Brasil.
Como
era a escravidão no Brasil
Os
negros africanos, trazidos da África, eram transportados nos porões
dos navios negreiros. Em função das péssimas condições deste meio de
transporte desumano,
muitos morreram durante a viagem. Após desembarcaram no Brasil eram comprados
como mercadorias por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel
e, muitas vezes, violenta.
Embora
muitos
considerassem normal e aceitável, a escravidão naquela época, havia
aqueles que eram contra este tipo de prática, porém eram a minoria e não
tinham influência política para mudar a situação. Contudo, a escravidão
permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve
o sistema escravista por tantos anos foi o econômico. A economia do
Brasil contava
quase que exclusivamente com
o trabalho escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas.
As providências para a libertação dos escravos,
de acordo com alguns políticos da época, deveriam ser
tomadas lentamente.
O
início do processo de libertação dos escravos e fim da escravidão
Na
segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que defendia a
abolição da escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos principais
abolicionistas deste período.
A
região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados
brasileiros e imigrantes
estrangeiros, a partir de 1870. Na região Norte, as usinas produtoras de
açúcar substituíram os
primitivos engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de
escravos. Já nos principais centros urbanos, era grande a necessidade do surgimento de
indústrias. Visando
não causar prejuízo financeiros aos proprietários rurais, o governo
brasileiro, pressionado pelo Reino Unido, foi alcançando seus objetivos
lentamente.
A
primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico de
escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi
promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava
livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei.
No
ano de 1885, foi
promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos Sexagenários) que beneficiava
os negros com mais de 65 anos de idade.
Foi
somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea,
que a liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros
brasileiros. Esta lei,
assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão
em nosso país.